segunda-feira, 23 de maio de 2011

Representantes de movimentos socias debatem a Reforma Política


Representantes da área jurídica são os próximos participantes do Fórum

      
      A terceira audição pública do Fórum Porto-alegrense da Reforma Política - Redemocratizar a Democracia, que aconteceu na última sexta-feira (16), reuniu mais de 40 representantes de vários movimentos sociais de Porto Alegre na Câmara de Vereadores. Representantes das coordenadorias estadual e municipal de Mulheres de diversos partidos, Clube de Negros, Movimento Negro e LGBT travaram um debate sobre questões polêmicas da Reforma Política, como lista fechada, financiamento público de campanha, coligações partidárias e cláusula de barreira em eleições. Também foram sugeridas propostas para serem incluídas na Carta da Reforma Política de Porto Alegre, que será finalizada em agosto. Até lá, outras audições públicas acontecerão com vários segmentos da sociedade.

  

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fórum Porto-alegrense da Reforma Política recebe movimentos de mulheres, negros e GLBT


   A terceira audição pública do Fórum Porto-alegrense da Reforma Política - Redemocratizar a Democracia acontece nesta sexta-feira (16). A partir das 18h30, na sala 301 da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, integrantes dos partidos organizadores do fórum (PPS, DEM, PPL, PP, PTB, PSB, PR, PDT, PT, PMDB, PSOL, PSDB e PcdoB) receberão representantes dos movimentos de mulheres, negros e GLBT para ouvir propostas que podem ser incluidas na reforma política do Brasil.
   Até agosto, representantes da sociedade civil serão convidados para debater temas como financiamento público de campanha, coligações partidárias e cláusula de barreira em eleições. O andamento do trabalho pode ser acompanhado através do blog http://forumporto-alegrensedareformapolitica.blogspot.com/. Após os encontros, o grupo vai elaborar um documento expondo os anseios da sociedade para o tema, que será apresentado em uma conferência final.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fórum Porto-Alegrense da Reforma Política recebe Movimentos Sindicais na Câmara de Vereadores

Representantes de 13 partidos de Porto Alegre participam do Fórum.
Na noite dessa segunda-feira (16), representantes da classe sindical participaram de reunião com os membros do Fórum Porto-Alegrense da Reforma Política, na Câmara Municipal, em Porto Alegre. Esse foi o primeiro de uma série de encontros com os mais diversos movimentos da sociedade civil organizada para tratar do tema. Participaram do debate os presidentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-RS (CTB-RS) e da Central Geral dos Trabalhadores (CGTB-RS).  O presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, destacou a importância da iniciativa."Esse debate vai proporcionar um alargamento da democracia e a participação popular é muito importante para isso", afirmou.

Entre os principais pontos da reforma abordados, estiveram o financiamento público de campanha e o voto em lista. Para César Pacheco, presidente da CGTB-RS, a questão dos recursos privados nas candidaturas ainda é o principal responsável pela disparidade na disputa eleitoral."É necessário a Reforma Política para evitar os abusos de poder econômico. Não podemos fazer dessa reforma uma conveniência do momento político", disse.

O presidente municipal do PMDB, vereador Sebastião Melo, afirmou que o financiamento público já existe, porém, de forma indireta."Atualmente, os políticos que tem mandato levam vantagem, pois contam com a máquina pública e uma estrutura maior do que a necessária. Isso desequilibra o processo eleitoral", opina.
A próxima reunião pública acontece também na Câmara, no próxima sexta-feira, a partir das 18h30. O Fórum receberá representantes dos movimentos negro, mulher e GLS.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Fórum Porto-alegrense da Reforma Política recebe movimentos sindicais

   A segunda audição pública do Fórum Porto-alegrense da Reforma Política - Redemocratizar a Democracia acontece na próxima segunda-feira (16). A partir das 18h30, na sala 301 da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, integrantes dos partidos organizadores do fórum (PPS, DEM, PPL, PP, PTB, PSB, PR, PDT, PT, PMDB, PSOL, PSDB e PcdoB) receberão representantes dos movimentos sindicais de Porto Alegre para ouvir propostas que podem ser incluidas na reforma política do Brasil.
   Até agosto, representantes da sociedade civil serão convidados para debater temas como financiamento público de campanha, coligações partidárias e cláusula de barreira em eleições. O andamento do trabalho pode ser acompanhado através do blog http://forumporto-alegrensedareformapolitica.blogspot.com/. Após os encontros, o grupo vai elaborar um documento expondo os anseios da sociedade para o tema, que será apresentado em uma conferência final.

Fórum porto-alegrense da Reforma Política recebe adesão da OAB gaúcha

 
O presidente da Ordem gaúcha, Claudio Lamachia, recebeu na tarde de ontem (10/05) os coordenadores do Fórum porto-alegrense da Reforma Política, os vereadores e presidentes dos diretórios municipais do PT e PMDB, Adeli Sell e Sebastião Melo, respectivamente. 

Ficou acertado no encontro que a Ordem, juntamente com os 14 partidos com representação na cidade e sociedade civil organizada, debaterá o tema em Porto Alegre. 

Na avaliação dos dirigentes, o debate sobre a reforma política deve ser estimulado, pois há pontos em que não existe um consenso e grande parte das pessoas sequer têm opinião formada sobre. 

Itens como o voto em lista, o financiamento público de campanha, as coligações e as emendas parlamentares, por exemplo, merecem um olhar aprofundado da sociedade civil organizada. 

Também participou da reunião o secretário-geral do DEM, Enio Menegetti.

Por Tatiana Feldens, Asscom PT-POA

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Artigo: A sociedade e a Reforma Política


Antônio Augusto Mayer dos Santos (*)
                                                                                               
  
    Não há mais possibilidade de contornar temas aflitivos que despertam indignação tanto na sociedade quanto na própria classe política. A sucessão de Comissões e adiamentos que as legislaturas registram, a par do desperdício de tempo, impulsiona uma sensação de que o desfecho pretendido jamais será alcançado. Assim, se a um ângulo a constante exposição da matéria converteu a Reforma Política numa espécie de redenção ética de cunho salvacionista, a outro é leviano supor que a sua aprovação funcionará como um antídoto capaz de eliminar todas as mazelas políticas que vicejam no país.
  No início do século XX, o dramaturgo alemão Bertold Brecht cunhou uma manifestação que se tornou célebre pela sua contundência:“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não sabe o custo de vida, preço do feijão, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio, depende de decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”.
   Reforma Política no Brasil não significa apenas necessidade de evolução mas de alteração perceptível e convincente nos mecanismos de acesso e desempenho de mandatos. A sistemática atual, defasada tanto ética quanto instrumentalmente, exige uma verdadeira recomposição para viabilizar o resgate da Política enquanto atividade digna e respeitável mas que hoje se encontra em desalento. Esta necessidade é inadiável na medida que as relações entre candidatos, partidos e mandatos estão num processo de saturamento que beira a hipertrofia.
   No entanto, conforme apontam estudos e análises, nenhuma das alterações preconizadas, especialmente aquelas mais divulgadas (sistema de financiamento de campanhas, voto em listas abertas ou fechadas, distritos eleitorais, voto facultativo), encerra uma solução definitiva. Há um regime de interdependência entre todos os itens. Depois, que uma modificação integral jamais será executada, seja porque as resistências são sólidas, seja porque algumas modificações são incompatíveis à realidade brasileira. Por fim, que no tocante à corrupção eleitoral, o eleitor não pode ser descartado da condição de partícipe e também deve ser avaliado. As decisões mais recentes da Justiça Eleitoral demonstram que a corrupção passiva é praticada tão intensamente quanto a ativa. 
   A cada legislatura, um contingente de respeitáveis e respeitados parlamentares se mobiliza visando modificar elementos do sistema. Rompendo a retórica, atuam reagindo ao corporativismo, à inércia e à omissão. Contudo, eles expressam uma minoria. Assim, se é verdade que os itens que constam da pauta foram inspirados e contrapostos mediante respeitáveis postulados teóricos e doutrinários, não é menos certo que somente com a participação ativa e organizada da sociedade através de eventos, fóruns e similares é que as mudanças terão alguma chance de acontecer. Tanto que nestes últimos 16 anos, quando os movimentos de pressão foram apenas tímidos, se para consumo externo o discurso foi convergente quanto à necessidade de modificações, na prática, as lideranças se apresentam desarticuladas e reticentes evidenciando que isto não é uma prioridade.
   Nem mesmo os anêmicos índices de credibilidade que as pesquisas de opinião conferem à maioria dos Congressistas e Legislativos tem sido suficientes para substituir a semântica pela atitude. Esta engrenagem frustra a cidadania pois a sensação dominante é de que não há respaldo às demandas sociais, especialmente aquelas mais eloqüentes e sobre as quais existe um clamor quase diário exigindo aperfeiçoamentos. O saneamento do sistema exige o fim da inércia.
   Dito por outras palavras: a geografia dos debates em torno da Reforma Política confinou o tema à Brasília e isto sempre foi um fator impeditivo à transparência e às reivindicações. O cidadão, destinatário final de toda esta situação, deve ser protagonista e participar. Já dizia o político e jurista gaúcho Assis Brasil: “O voto deve ser a voz, não o eco”.

(*) Antônio Augusto Mayer dos Santos
Advogado eleitoralista (RS)
Professor de Direito Eleitoral
Autor do livro “Reforma Política: inércia e controvérsias” (Ed. AGE, 2009)
aaugusto.voy@terra.com.br